Todos os dias acordo com o canto dos pássaros em minha - sempre aberta - janela, o vento que sopra nas árvores e os raios de sol que entram em meu quarto, numa maravilhosa mistura de sons e sensações.
Se estico-me para olhar, os vejo brincando, comendo, voando, livres.
Para apreciar seu canto todas as manhãs, não os prendi em gaiolas, apenas plantei uma árvore em meu quintal, oferecendo assim, abrigo e alimento sempre que precisarem e aconchego sempre que quiserem.
E assim vão e vem os pássaros, não são meus, mas estão sempre comigo, são livres como devem ser, e voltam para enfeitar minha vida de música e cor.
E assim eles estão comprometidos comigo, sem prisão, pois não há o porquê de grades quando há amor, carinho, devoção.
Lhe dou abrigo e não peço em troca sua liberdade, apenas seu encanto para enfeitar meus dias.
Entendo da necessidade de ser livre, de voar alto e ao mesmo tempo ser tão frágil, de precisar de proteção, entendo e sei que seu ninho será feito onde sentir-se bem, pois tenho um pouco de pássaro também.
Pássaro que aqui faz morada, na morada fica por legítima vontade de aqui morar.
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