quarta-feira, 21 de março de 2012

Desmusicalização II.

"João amava Teresa que amava Raimundo
que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili
que não amava ninguém".
[Carlos Drummond de Andrade - Quadrilha]

Eu sou quem ama a vida, meus amigos, minha família, amo o que tenho e como sou, já fui Teresa, já fui Maria, hoje sou apenas eu.
Não espero ser Lili, pois esta já foi Teresa e já foi Maria, mas que de tanto desamor virou Lili, a que não amava ninguém.


segunda-feira, 19 de março de 2012

Destino.


A indiferença deixou de ser medo.
É quando deixamos de os importar com o que acontecerá, como se nada mais possa ser pior, mais complicado, mais triste que a situação anterior, e de fato não pode ser, pois cada situação é única, específica e particular.
E assim vai "acontecendo", tal qual barco a deriva, sem leme, sem velas, apenas indo, levado pela correnteza.
O capitão desta embarcação há tempos deixou de ser o coração, que se aposentou, acredito que por invalidez.
E isto só funciona em águas tranquilas, pois na tempestade abandona barco e segue a nado, embora navegar seja preciso, ir contra a maré necessário se você deseja chegar a algum destino, difícil é saber onde se quer chegar. 
Se isto não faz diferença, eu entendo, a indiferença é a sequela de um coração cansado, mas entenda, qualquer lugar, é lugar algum.