quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Portões do Castelo.

"Sou a princesa no alto do meu castelo.Não tenho tranças pra jogar mas tenho e -mail e celular" [Tati Benardi]

Tenho acompanhado duas histórias de amor, dessas que eu, dona de um coração cansado, descrê. As duas têm elementos em comum, dois conto de fadas moderno.
Conheceram-se na internet, apaixonaram-se, ao contrário do que dizem por aí, o conteúdo atraiu e a beleza convenceu, conheceram-se pessoalmente, detalhe que uma atravessou o país para que isto acontecesse, a química deu certo e hoje tenho duas amigas grávidas, felizes às portas do casamento. E eu acompanhando, descrente, dava palavras de incentivo, na maioria das vezes não sinceras, palavras mornas como se não quisesse ser a “estraga prazer”, palavras delicadas para evitar as indelicadezas que poderiam semear a descrença.
Neste mundo moderno já tememos tanta coisa, para quê ter algo a mais para temer, em especial algo como o amor.
Admiro as duas, pela coragem e ousadia, por acreditar. Amor platônico é sinônimo de falta de coragem, se não tivessem tido peito e coragem de enfrentar o “desconhecido”, não estariam hoje andando nas nuvens, como uma delas bem se descreveu, “tal qual adolescente vivendo o primeiro amor”. Não estou aqui fazendo apologia a namoros virtuais, nem a encontro as escuras com desconhecidos, é uma simples questão de bom senso. Estou fazendo uma elegia ao romantismo esquecido, aos amores inalcançáveis onde é preciso ter coragem, enfrentar a tudo e a todos, que mandam os conceitos de uma sociedade tornou-se cética para o espaço. Admiro sendo hipócrita, pois sei que não teria coragem para tanto, sei que não sou mais capaz de lançar-me em algo assim, não sei se abriria os portões do meu castelo desta forma, no auge dos meus 20 e poucos anos parece ser um tanto precoce tal declaração, mas hoje é assim que me sinto, hoje esta sou eu, esta é a verdade que carrego comigo hoje, amanhã já não sei.

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