sábado, 16 de julho de 2011

Lógica.



Uma professora do jardim da infância ensinava aos seus alunos as primeiras noções de matemática, para ilustrar a operação da divisão, usou do seguinte exemplo:
- Se eu tenho quatro cenouras e dois coelhos, quantas cenouras cada coelho receberá?
Ouviu-se a resposta de maneira quase que uníssona:
- Duas!
Depois ouviu-se vinda do fundo da sala, uma voz delicada, porém convicta:
- Eu não concordo - dizia a pequena criança.
- Mas por que não? - retrucou a professora, criando um gélido silêncio.
E com toda sabedoria e ingenuidade, aquela menina de olhos vivos que ostentava duas tranças sob os ombros disse:
- E se um coelho for maior que o outro? E se um dos coelhos for tão pequeno que só consegue comer uma cenoura?
A partir daí o silêncio foi quebrado junto com as barreiras do imaginário, um debate nasceu e surgiram inúmeras possibilidades.
A lógica nem sempre parte da razão, o que é lógico nem sempre é certo, o certo nem sempre é lógico, de um exemplo não se pode tirar todas as conclusões sem avaliar todas as variáveis. Aquela sábia menina de trança sabia disto.


Um comentário:

Sarah disse...

Essa menina esperta era eu! auauhauhauhhuauhahuauhaaa