quarta-feira, 24 de março de 2010

Vivendo um conto de fadas.


Algumas pessoas simplemente negam-se a crescer e parecem eternamente viver em um mundo fantástico, idealizado onde as normas são ditadas por elas. No "mundinho" delas sentem-se protegidas. Os psicológos caracterizam este comportamento como "Síndrome de Peter Pan". Esta semana ao assistir o filme, fiz tal comparação com a realidade, e vi que faz total sentido.
Peter é um menino só (mas que se dá conta de sua solidão asporadicamente), que vive na "Terra do Nunca", em companhia dos meninos perdidos, onde o tempo jamais passa e todos são eternamente crianças.
Certo dia sente falta de uma figura feminina e tras Wendy em companhia de seus dois irmãos para viver na Terra do Nunca. Tudo parece estar perfeito, muitas aventuras, diversão. Mas Wendy, diferente de Peter, prefere crescer, pois percebe que está cada vez mais distante se seu verdadeiro eu, ela está esquecendo de quem verdadeiramente é. Se dá conta também que no mundo idealizado por Peter não há lugar para sentimentos, e ela sofre por isto. Peter prefere não crescer, não criar laços, teme deixar de ser criança por conta das responsabilidades que isto acarreta e acaba bloqueando sentimentos e possibilidades maravilhosas por conta disto. O corajoso aventureiro Peter Pan, que enfrenta tudo e todos, teme a rejeição, teme envolvimento.
Há algo forte entre os dois, mas a vontade de crescer de Wendy e o ego de Pan são maiores do que qualquer coisa, isto os impede de seguirem o mesmo caminho.
O desfecho desta história não é algo usual como "E os dois viveram felizes para sempre", é algo bem mais próximo da realidade, cada um continuou preso à suas vontades e medos e seguirem separados, Wendy volta para casa e Peter para a Terra do Nunca. Felizes para sempre?!...Talvez.
E qualquer semelhança com a (minha) vida real, não é mera coincidência.

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